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Edição #18
Florença, 2025

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“DKANDLE tece paisagens sonoras transcendentes vibrantes e multicoloridas, misturando texturas Shoegaze difusas e reverberantes, meditações Dream Pop hipnotizantes, tons Grunge lamacentos e tensões Post-punk temperamentais, intensificadas com lirismo comovente e vocalizações emotivas e pensativas”

​​​Fundado como um projeto solo pelo brasileiro Denis Kandle na Toscana em 2021, o DKANDLE evoluiu para um trio dinâmico em 2024 com a adição do baixista holandês Gene Teysse (também conhecido como DJ Dragnet) e do baterista italiano Stefano Cerri. Juntos, a banda cria músicas que são ao mesmo tempo expansivas e intimistas, extraídas de uma rica camada de influências, incluindo shoegaze, grunge e post-punk. Seu som característico é caracterizado por melodias assombrosas, instrumentação em camadas e lirismo evocativo.

O novo EP, “Under The Effect” (22/11/24), com três faixas, representa o mais recente marco na jornada artística do DKANDLE. Ele segue seus aclamados álbuns, “Mondano” (2022) e “More Drag Queens Less Drama Queens” (2023). Com esse lançamento, o DKANDLE continua a solidificar sua reputação como inovadores sônicos no cenário da música alternativa.​

Leia abaixo a entrevista que Denis Kandle concedeu para o blog britânico Bored City:

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- Você pode nos contar um pouco sobre você e como sua infância impactou sua direção musical?

Desde criança, sempre quis escrever e tocar música. Eu pensava que todo mundo tinha o mesmo sonho, mas a maioria acabou desistindo, e foi por isso que se tornaram advogados ou engenheiros. Foi um choque para mim quando percebi que a maioria das pessoas nunca quis na verdade seguir esse caminho. Para mim, sempre foi algo natural a se almejar. Mas também sempre tive noção de que esse é um caminho muito difícil, especialmente vindo de um país onde a música alternativa não é tão popular. Todo mundo sabe que o Brasil é a terra do samba. É muito difícil estar em uma banda de rock alternativo lá. Quero dizer, o público brasileiro é incrível, mas não há muitos lugares para tocar, e a maioria deles hoje em dia só recebe bandas cover. Por isso decidi me mudar para o exterior e viver o sonho do rock’n’roll. Até agora, tudo está indo bem.

- Como você planeja expandir sua base de fãs e compartilhar sua música com o mundo? Qual é a sua mensagem para quem está prestes a descobrir o “DKANDLE”?

O DKANDLE começou como um projeto solo em 2021 e só este ano se tornou uma banda. Até agora, tocamos no The Next Stars, em Londres. Foi incrível! Queremos viver o estilo de vida do rock’n’roll na estrada. É muito bom tocar ao vivo, a energia é incrível. Esperamos ver todos vocês nos nossos shows!

Vejo o DKANDLE como um sopro novo na cena musical. É fortemente inspirado no shoegaze misturado com outros tipos de música alternativa, como post-punk e grunge. Não fazemos música para algoritmos, embora não sejamos exatamente inimigos do algoritmo, mas acreditamos que a música não deve estar presa a fórmulas moldadas para agradá-lo. Para nós, música é arte, não produto. Com nossa música, queremos trazer reinos sonoros de prazer que elevem sua experiência musical. Queremos levar você a uma nova dimensão de êxtase sonoro.

- Quem é o artista mais inspirador para você no momento? E onde você encontra inspiração para fazer música?

Para mim, o artista mais inspirador no momento é a banda inglesa The Telescopes. Eu os vi ao vivo em Londres alguns anos atrás e foi de cair o queixo. Sinto-me muito grato por ter tido a oportunidade de vê-los ao vivo.

Quanto ao que me inspira a fazer música, preciso ser alimentado pelas experiências do mundo. Me envolvo em atividades cotidianas e, a partir disso, devolvo ao mundo o que absorvi. Sinto-me especialmente inspirado quando viajo. Sempre que possível, levo minha guitarra e tento criar o máximo de músicas que consigo. Mas também tenho outras fontes de inspiração pouco convencionais. Algumas músicas nasceram em sonhos, por exemplo. Sempre que isso acontece, tento escrevê-las ao acordar, antes que as esqueça. Infelizmente, houve vezes em que tive preguiça de me levantar para anotá-las, e acabei esquecendo completamente o que ouvi no sonho...

- Pode nos contar sobre a história ou a mensagem por trás da música “Kinda Hard To Find”?

É sobre aquelas conexões perdidas que todos já vivemos — quando você se sente fascinado por alguém que vê no trem ou em um café, mas algo o impede de agir. Mas não é sobre alguém específico, é apenas sobre esse sentimento.

- Como você descreveria seu som em uma palavra para novos ouvintes?

É difícil definir, mas eu diria que nosso som é contemporâneo.

 

- Você enfrentou algum desafio ao escrever ou gravar “Kinda Hard To Find”?

Essa música foi originalmente escrita para minha banda adolescente, John & Mary. O título original era “Give It Up” e foi lançada em uma demo chamada “Hi, Jack!”. Quando comecei a tocar como DKANDLE, decidi lançá-la novamente, agora com a vibe post-shoegaze do som que fazemos atualmente.

- Qual é a mensagem da sua música? E quais são seus objetivos como artista?

Eu sempre quero transmitir uma mensagem. Adoro letras profundas, acho que elas tornam a música ainda mais intensa. Sou muito influenciado por letristas como Ian Curtis e Renato Russo.

Meu objetivo é contribuir para uma nova onda de música guiada por efeitos que desafie os sons tradicionais.

- Qual é o artista dos seus sonhos com quem gostaria de colaborar? (vivo ou morto)

Se eu pudesse escrever com Kevin Shields ou Robert Smith, morreria feliz.

- Qual é o seu conselho para quem quer seguir a carreira musical ou entrar na indústria?

Você precisa amar profundamente a música para seguir esse caminho. Tem que sentir que nasceu para criar e tocar música — que isso está nos seus genes, que é o seu dharma. Quero dizer, se você está nessa apenas pela fama, você não entendeu nada. Música é para quem realmente sente o chamado.

- Se pudesse voltar no tempo e dar um conselho a si mesmo mais jovem, o que diria?

Siga em frente, vai valer a pena.

Você já conhecia o som do DKANDLE?
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